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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Nós [jornalistas] prostituímos o nosso intelecto – John Swinton


Em Nova Iorque, no jantar de despedida a 25 de setembro de 1880, o célebre jornalista John Swinton, editor do New York Times, irritou-se quando lhe propuseram fazer um brinde à liberdade de imprensa.

«Nos Estados Unidos não existe imprensa livre e independente e vocês queridos amigos sabem tão bem quanto eu. Nenhum de vós ousaria dar abertamente a vossa opinião pessoal e, sabem muito bem que se o fizerem, eles não a publicam. Pagam-me um salário para que eu não publique as minhas opiniões e todos nós sabemos que se a isso nos aventurássemos seriamos postos na rua. O trabalho do jornalista é destruir a verdade, mentir descaradamente, perverter os factos e  manipular a opinião ao serviço do poder financeiro. Nós somos os instrumentos obedientes dos Poderosos que dos bastidores nos manejam como marionetas. Os nossos talentos, as nossas faculdades e as nossas vidas pertencem a esses homens. Nós prostituímos o nosso intelecto. Tudo isto vocês sabem tão bem quanto eu!»

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