Em Nova Iorque, no jantar
de despedida a 25 de setembro de 1880, o célebre jornalista John Swinton,
editor do New York Times, irritou-se quando lhe propuseram fazer um brinde à
liberdade de imprensa.
«Nos Estados Unidos não existe
imprensa livre e independente e vocês queridos amigos sabem tão bem quanto eu. Nenhum
de vós ousaria dar abertamente a vossa opinião pessoal e, sabem muito bem que
se o fizerem, eles não a publicam. Pagam-me um salário para que eu não publique
as minhas opiniões e todos nós sabemos que se a isso nos aventurássemos seriamos
postos na rua. O trabalho do jornalista é destruir a verdade, mentir descaradamente,
perverter os factos e manipular a
opinião ao serviço do poder financeiro. Nós somos os instrumentos obedientes
dos Poderosos que dos bastidores nos manejam como marionetas. Os nossos
talentos, as nossas faculdades e as nossas vidas pertencem a esses homens. Nós prostituímos
o nosso intelecto. Tudo isto vocês sabem tão bem quanto eu!»
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