“O que
caracteriza a sociedade de consumo é a universalidade
do fait divers na comunicação de
massa. Toda a informação política, histórica ou cultural é recebida do mesmo modo,
ao mesmo tempo anódina e miraculosa do fait
divers. Ela é totalmente atualizada,
ou seja, dramatizada em forma de espetáculo – e completamente inatualizada, ou
seja, distanciada pelos media da
comunicação, e reduzida a sinais. O fait divers, não é, portanto, uma categoria
entre outras, mas A categoria cardinal do nosso pensamento mágico, da nossa
mitologia. […] O quotidiano como cerco seria insuportável sem o simulacro do
mundo, sem o álibi de uma
participação no mundo. […] “Vivido” a este nível, o consumo faz da máxima
exclusão e do mundo (real, social, histórico) o maior índice de segurança. Ele visa
o padrão de felicidade e reduz as tenções.”
La Société
de Consommation, Gallimard,
1970
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