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domingo, 9 de agosto de 2015

Em defesa do PS

Antes de mais, e para não ser julgado por aqueles que só leem o primeiro parágrafo depois dos títulos, deixem-me deixar a ditado bíblico “quem com ferros mata, com ferros morre”. Deixem-me também pecar pela imodéstia de afirmar que sei muito bem dar texto a um título para que um texto seja lido.

Mais, apanhar-me-iam em contradição de dizer uma coisa e fazer o seu contrário, por trazer à arena os cartazes do PS, dizendo que o assunto é de somenos importância e é despertado apenas para desvio do essencial, não fosse o caso do objetivo central deste blogue ser desenrolar os cordelinhos da comunicação social (e nem me dou ao luxo de contornar a rima, comprovando assim que escrevo com alma e não por trinta moedas).


Os cartazes do PS são o tema. O senso leviano, que escuto da mesa ao lado do café, diz que os tipos do marketing deles são espertos e que os falsos descuidos já estão a produzir os efeitos ocultos pretendidos. Só se fala disso, não se fala das coisas que o PS não quer falar. E há quem dê volta e diga também que a oposição ao PS pode ser acusada de aproveitar a deixa para entreter a malta e de, assim, fugir de ser confrontada com o beco de difícil saída em que se encontra o país.

Mas ninguém se atreve a imaginar que o poder que controla o poder da comunicação social e que está muito acima dos liderzinhos que aguentam no máximo dois ciclos eleitorais, pode estar a manobrar a campanha a seu jeito, para fazer dela isto mesmo: discutir tudo menos o que interessa ao povo e interessando ao povo não lhes interessa a eles.

Está este texto a servi-los? Não, está a denunciá-los! Quando há horas vi e ouvi um comentador de serviço analisar com oratória científico-política este caso “fora de portas”- “outdoors” in marketing more soft - e reparei nas citações de fontes ocultas, pensei:
- Estes gajos do PS estão metidos numa alhada! Estão-lhes a fazer a folha!
Depois pensei:
-O PS tem tipos bem pagos, há alguma na manga!
Depois pus-me a escrever um texto em que acabo por concluir que isto é um caso paradigmático de manipulação dos media.


Nota: só em casos de força maior recorro ao termo “paradigmático”.

4 comentários:

  1. Muito bem pensado e melhor escrito!

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  2. Para vender um produto é necessário que saibam da sua existência, não referindo a qualidade ou de que é igual ào mais direto concorrente.

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  3. Excelente reflexão porque faz reflectir...
    Excelente fomulação porque faz ler... e reflectir!
    Paradigmática? Talvez, Depende do dicionário de cada um.

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  4. Claro como água...apesar das águas turvas onde essa gente se encharca!

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