«A jornalização em curso
(epílogo)
Sem grande rigor terminológico,
chamemos jornalismo editorial a um género de discurso e a uma forma de
configuração do espaço público mediático que se caracterizam pelo triunfo de um
modo de entretenimento, quase exclusivamente assegurado pela classe
político-mediática dos intelectuais politólogos e dos políticos anfíbios. É uma
classe que compreende tanto os politólogos que ocupam as cátedras instituídas
pelos media, como alguns politólogos de vocação e ciência que, uma vez
cooptados, já não se distinguem dos seus pares elevados às cátedras profanas
por competência na escrita subalterna, no crochet televisivo, no chatting
radiofónico, ou nos três ao mesmo tempo.»
António Guerreiro
Público, sexta-feira 8-7-2016 (aqui)
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