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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Comunicação social? Jornalismo?



«CDU dramatiza: 
“Que não se perca nenhum voto”»

Esta foto (de Marcos Borga), em que, metaforicamente, Jerónimo de Sousa aponta para uma saída de emergência - não para baixo mas para a esquerda!... -, foi tirada num comício em Samora Correia e encabeça, como o título acima, uma reportagem que consideramos paaradigmática.

Começa a autora do texto, Rosa Pedroso de Lima, por escrever que "Jerónimo falou em Samora Correia para uma plateia de convertidos"...  e não se diria que começa mal porque começa por dar o tom para um texto inqualificável. 
Desde essa designação de "convertidos", todo o texto tem intenções pejorativas, ou até insultuosas, de quem vê aquela plateia a deitar por fora "de cima", desprezivelmente. Um texto que - desgraçadamente a juntar a tantos outros - não faz jornalismo mas servil serviço a interesses e forças de classe.
No corpo do texto deixa-se insinuada a versão de que foram os mesmos que acompanharam Jerónimo no almoço no Couço, na arruada no Entroncamento, no comício em Samora, transportados em camionetas. O que é falso e não consegue diminuir a plateia repleta pelo que a "jornalista" apelida de "militantes convictos", "só eleitores da CDU" e outros mimos, a quem Jerónimo de Sousa teria alertado que o "risco de fuga de votos úteis à esquerda tornou-se um perigo", pelo que teria centrado a intervenção no ataque (ou contra-ataque) ao PS "é aos socialistas que Jerónimo dedica parte das suas críticas".
Que excelente oportunidade teve RPL de fazer jornalismo se tivesse aproveitado o esclarecimento - repetido mas sempre com coisas novas - de Jerónimo de Sousa sobre a questão da moeda única. Jerónimo até mostrou que no programa do PS está incluído um cenário em que coloca a saída do euro e da UEM que (segundo esse cenário) pode implodir. Mas o texto, em vez de implodir, tem escrito implorar (!!!) o que revela a total ignorância de quem escreveu sobre um tema que parece só a CDU encarar seriamente, como gente séria que é, embora outros encarem, inconsequentemente, como cenário para que se dispensam de se preparar e de preparar o povo português. O que é indispensável pelas suas graves consequências. 

1 comentário:

  1. Também quanto a jornalistas há uma grande diferença entre soldados e mercenários.

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