Novo Banco. João
Galamba ao lado do BE na nacionalização
4/1/2016, 17:31475 PARTILHAS
O
vice-presidente da bancada parlamentar do PS põe-se ao lado do Bloco de
Esquerda na solução para o Novo Banco, defendendo a sua manutenção na esfera do
Estado e defende que há alternativa à venda.
João Galamba,
deputado e porta-voz do PS, foi rápido a responder à esquerda e põe-se ao lado
do Bloco de Esquerda e do PCP, defendendo que o Novo Banco se deve manter sob o
controlo do Estado. “A existência de um sistema bancário composto
essencialmente por bancos privados criou um problema. Convém evitar que as
regras europeias criem novos problemas”, defende o socialista, mostrando-se
crítico das atuais diretrizes europeias.
Num artigo de
opinião publicado no site do jornal Expresso, João Galamba, responsável
nacional do PS pela comunicação, afirma que a “socialização dos custos”
na queda de um banco “nunca pode ser totalmente eliminada” porque esta
atividade não é possível sem uma “garantia implícita do Estado e dos
contribuintes”. Por isso, e contra as normas europeias agora em vigência,
Galamba defende, tal como BE e PCP, que bancos como o Novo Banco “devem ser
tratados como bancos públicos e vendidos apenas se e quando o Estado os quiser
vender”.
Se o Estado for obrigado a vender, então as regras deixarão de ser apenas
sobre recuperação e resolução bancária, passando a constituir uma forma
inaceitável de penalização da propriedade pública. (…) O Estado pode não ter
alternativa a intervir, mas tem de ter alternativa a vender”, escreveu João
Galamba.
Na linha
deste artigo, também Jorge Costa, dirigente do Bloco de Esquerda, escreve esta
segunda-feira no esquerda.net, site oficial do partido, questionando qual é a
maioria que o PS vai seguir na resolução do Novo Banco. O dirigente bloquista
afirma que se trata de um “projeto político” e que António Costa vai precisar
de “instrumentos fortes de banca pública” para condicionarem todo o sistema
bancário. “É por isso que o Novo Banco não deve ser vendido”, afirma o bloquista,
consubstanciando a exigência da manutenção do Novo Banco na esfera pública,
condição apresentada por Catarina Martins para a viabilização do Orçamento
Retificativo.
Também o PCP é a favor da manutenção deste banco por
parte do Estado, com o Comité Central do partido a insistir no final de
dezembro que “a melhor solução para o Novo Banco, que o colocará de facto ao
serviço da economia nacional e das famílias portuguesas, é ficar sob controlo
público e não ser vendido a um ou mais grupos privados”, segundo noticiou a
Lusa.
AH!
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