ManifestO
'Não Matem o Mensageiro'
A contradição é aparente: na
sociedade em que tudo é encenado, o Teatro está a morrer. Mas se a política, a
rotina e a vida é teatralizada, se nos secundarizam num personagem menor, ou
mero espectador, porque interessa tão pouco a arte do teatro?
O poder baniu a verdade dos jornais e das televisões, dos orçamentos e dos procedimentos concursais, instituindo um imenso monopólio de mentiras fingidas e verdades dissimuladas que imita o teatro e que, ao mesmo tempo, o destrói. Aos poderosos não interessa a intensidade da verdade transbordante e a emoção palpável do palco, cuja natureza teatral é assumida. Prefere a ilusão do real, a informação espectáculo, o entretenimento entorpecedor. Importa por isso combater o fingimento dos falsos com teatro genuíno, responder à Sociedade do Espectáculo de Debord com o Teatro do Oprimido de Boal. Nem todo o teatro precisa de ser político. O nosso será.
NÃO MATEM O MENSAGEIRO é um grupo de Teatro Político português, nascido já com a sanha de espicaçar o contraditório. De questionar e fazer pensar, que de nada serve o teatro que não serve para pensar. Rejeitando ser os bobos da corte burguesa, também recusamos navegar nas inofensivas águas mornas da arte pela arte. Porque para representar farsas esdrúxulas e ficções mirabolantes já bastam banqueiros e ministros, dizemo-lo bem alto e com cristalina claridade, que também no teatro vale a pena lutar.
Como Augusto Boal “refletimos sobre o passado e ensaiamos a sua transformação no presente para inventarmos o futuro”. Como Bertold Brecht, queremos “estimular o desejo de compreender o mundo e o prazer de o transformar”. Se na luta entre as classes não há espectadores, sejamos juntos os seus actores.
O poder baniu a verdade dos jornais e das televisões, dos orçamentos e dos procedimentos concursais, instituindo um imenso monopólio de mentiras fingidas e verdades dissimuladas que imita o teatro e que, ao mesmo tempo, o destrói. Aos poderosos não interessa a intensidade da verdade transbordante e a emoção palpável do palco, cuja natureza teatral é assumida. Prefere a ilusão do real, a informação espectáculo, o entretenimento entorpecedor. Importa por isso combater o fingimento dos falsos com teatro genuíno, responder à Sociedade do Espectáculo de Debord com o Teatro do Oprimido de Boal. Nem todo o teatro precisa de ser político. O nosso será.
NÃO MATEM O MENSAGEIRO é um grupo de Teatro Político português, nascido já com a sanha de espicaçar o contraditório. De questionar e fazer pensar, que de nada serve o teatro que não serve para pensar. Rejeitando ser os bobos da corte burguesa, também recusamos navegar nas inofensivas águas mornas da arte pela arte. Porque para representar farsas esdrúxulas e ficções mirabolantes já bastam banqueiros e ministros, dizemo-lo bem alto e com cristalina claridade, que também no teatro vale a pena lutar.
Como Augusto Boal “refletimos sobre o passado e ensaiamos a sua transformação no presente para inventarmos o futuro”. Como Bertold Brecht, queremos “estimular o desejo de compreender o mundo e o prazer de o transformar”. Se na luta entre as classes não há espectadores, sejamos juntos os seus actores.
"(...)Rejeitando ser os bobos da corte burguesa, também recusamos navegar nas inofensivas águas mornas da arte pela arte. Porque para representar farsas esdrúxulas e ficções mirabolantes já bastam banqueiros e ministros(...)" Só por isto já merecem um caloroso "Sejam bem-vindos!"
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