XX Congresso do PCP
intervenção sobre informação e comunicações
O mundo vive uma acentuada
agudização da luta de classes. No plano ideológico e comunicacional a ofensiva imperialista, apoiada na rede de
multinacionais da comunicação, assume enorme dimensão, com o objectivo de
mistificar a natureza exploradora e opressora do capitalismo e ocultar o ideal
e o projecto comunista.
No nosso País, o controlo pelo
capital monopolista dos principais meios de comunicação, que se impõe denunciar
e combater, fez deles um poderoso instrumento de dominação ideológica.
Na nova fase da vida política
nacional, apesar das limitações do Governo PS, intensificou-se a ofensiva para
reverter o processo em curso de defesa, recuperação e conquista de direitos dos
trabalhadores e do povo, e para tentar impedir que se criem condições para a
política patriótica e de esquerda de que o país precisa e para o reforço do
Partido.
Do arsenal dessa ofensiva ideológica
releva o anticomunismo e a promoção desmedida dos cucos que visam tapar o PCP e
sua intervenção.
A sistemática ocultação, discriminação, deturpação e caricatura do Partido na comunicação social dominante, num coro afinado e comandado de longe, tem impacto negativo na consciência política dos trabalhadores e do povo.
A sistemática ocultação, discriminação, deturpação e caricatura do Partido na comunicação social dominante, num coro afinado e comandado de longe, tem impacto negativo na consciência política dos trabalhadores e do povo.
A pregação mediática da mentira
organizada, das inevitabilidades e da resignação, a promoção de conteúdos e
protagonistas ao serviço do grande capital impõem o esclarecimento, a denúncia
e o protesto.
E exigem ao Partido uma intervenção
junto da comunicação social, persistente, cuidada e dirigida, no plano político
e ideológico, repondo a verdade e afirmando as nossas posições, propostas e
iniciativas.
Relativamente a outras forças
políticas, a informação e propaganda do Partido assume os elementos distintivos
da nossa base teórica, identidade e projecto e da nossa experiência
revolucionária.
O PCP tem critérios de rigor e
verdade e procura que, no conteúdo e na forma - escrita, fixa, audiovisual ou
electrónica - a acção de informação e propaganda seja clara, impressiva,
oportuna e eficaz, uma ferramenta de esclarecimento e ligação às massas e à sua
luta, de intervenção e reforço do Partido.
E deve ser uma tarefa de todo o
Partido, dos organismos responsáveis, centrais e regionais, e de todos os
militantes, uma tarefa que tem avançado, mas que é necessário melhorar, potenciando
recursos, forças e saberes, e articulando com os avanços da organização.
Neste quadro de mistificação
ideológica e discriminação informativa, é ainda mais decisivo que a mensagem do
Partido seja concretizada em tempo útil, para esclarecer as atoardas do grande
capital e dos seus instrumentos.
As acções e campanhas nacionais de
propaganda têm grande importância na unificação da intervenção do Partido, mas
é também muito importante a informação das células e organizações de base aos
trabalhadores e às populações, intervindo nos problemas concretos.
Por exemplo, na campanha «mais
direitos, mais futuro, não à precariedade», é necessário ir ainda mais fundo na
denúncia das iniquidades em tantas empresas, com efeitos positivos na luta, na
vida dos trabalhadores e no prestígio do Partido.
E é uma questão central, de defesa
de direitos constitucionais e dos interesses dos trabalhadores, prosseguir o
combate às discriminações, ilegalidades e tentativas de impedir a liberdade de
acção e expressão do Partido e a sua propaganda.
As comunicações electrónicas via
Internet, são controladas por transnacionais, o que tem de ser desmascarado e
combatido, mas ainda assim, são um meio de intervenção importante na
comunicação, informação e propaganda do Partido.
Esta é uma direcção de trabalho que
não pode ser ignorada nem absolutizada e que coloca exigências específicas, que
vamos continuar a aprofundar e estruturar.
O sítio do PCP na Internet e outras
páginas na rede têm de alargar o seu papel na divulgação da intervenção do
Partido. Importa potenciar o que existe, avaliar capacidades e experiências nas
redes sociais, envolver o colectivo e continuar a avançar.
É necessário formar quadros, avançar
na informação para grupos específicos, garantir a coerência da mensagem e
articular a presença do PCP na internet com a intervenção dos comunistas nas
redes sociais, assumindo as posições do Partido e alargando a sua influência.
Para que se concretize em Portugal
uma política patriótica e de esquerda, no rumo da democracia avançada e do
socialismo.
Viva o Partido Comunista Português!
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