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sábado, 16 de abril de 2016

A comunicação social, o Bloco, os passarinhos e as passarinhas


A comunicação social gosta do Bloco, o Bloco gosta da comunicação social. Existe uma espécie de relação platónica entre ambos. Os agentes do Bloco pescam ideias nas esplanadas dos cafés de Lisboa que têm as câmaras de vigilância diretamente ligadas às redações e faz-se logo luz, notícia, discussão, polémica, tema de conversa; agitam-se as redes sociais (antes as redes sociais do que os mercados!). A governança descansa, a oposição limpa as unhas, fazem-se grandes transações, a realidade escapa-se por entre os dedos das massas obreiras e a criadagem anima a malta.

A comunicação social, o Bloco, as pessoas que discutem estes assuntos, os perfis digitais que os ampliam, partilham uma adjetivação comum, não dita aqui porque é um palavrão. 

Embora, aparentemente, também aqui se esteja a bater no caso do género do cartão, a questão aqui não é estar dum lado ou de outro, porque a estupidez não tem lados. Pretende-se apenas recordar que numa guerra a sério, no momento da batalha, não se caçam coelhos nem se atira aos pardais, por muito que se esteja enjoado da ração de combate! Ainda por cima, duvida-se que entre estes soldadinhos, haja alguém que saiba distinguir um coelho dum coelha ou um pássaro duma passarinha mas, no entanto, conseguem ver o sexo das palavras  (as palavras podem ser dum sexo ou de outro mas não têm sexo - não há palavras macho nem palavras fêmeas).
Mas pronto, sejamos engraçados: porque não dão ao cartão a designação de Bilhete de Identidade?!

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