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domingo, 25 de outubro de 2015

Sobre a “objetividade” e “credibilidade” dos comentadores e do jornalismo em Portugal


 Eugénio Rosa – Economista

Sobre a “objetividade” e “credibilidade” dos comentadores e do jornalismo em Portugal


Nas últimas semanas os portugueses têm assistido a um espetáculo que merece uma reflexão séria. Jornalistas e comentadores, que perdem a objetividade e o bom senso, e procurando condicionar o PS e a opinião pública, destilam um discurso agressivo contra aquilo que designam por “esquerda radical”, e mesmo um anticomunismo primário e serôdio, que se pensava que já tinha desaparecido do país. Um presidente da República que, perdendo o sentido de Estado e à velha maneira de Salazar, divide os portugueses em bons e maus portugueses e decide que os representantes destes últimos não têm o direito de estar no governo e, se pudesse, substituiria a velha declaração salazarista que era obrigatória para ingressar no Estado - “ativo repúdio do comunismo e de todas as ideias subversivas” - por uma outra com os seguintes dizeres: “ativo repúdio das ideias contrárias ao euro, ao Tratado Orçamental, à União Europeia, e aos mercados”. A Constituição da República é substituída por aquilo que chamam “boas práticas democráticas”, ou por “quem ganha deve governar” mesmo que não tenha a maioria na Assembleia da República, sendo os mesmos que consideram que a eleição do presidente da Assembleia da República pela maioria dos deputados é “um movimento de meia dúzia de pessoas, que na sua sobrevivência política tentam impor-se à própria democracia". Tudo isto, e mesmo mais, se ouviu e é veiculado maciçamente, sem contraditório, por comentadores e jornalistas (felizmente não todos) que dominam os principais órgãos de informação procurando assim condicionar os portugueses. Se não tivesse outro objetivo, pelo menos teria a vantagem de mostrar a “objetividade” e a “credibilidade” do jornalismo dominante em Portugal, e a verdadeira face dos que se ocultam sob uma frágil capa democrática, que estala quando sentem que podem perder o poder ou temem perder as graças do poder. Tudo isto merece uma reflexão atenta por parte dos portugueses. Neste contexto é essencial recordar o que aconteceu nestes últimos 4 anos, até para que a gigantesca operação de manipulação e de branqueamento do passado recente, que está em curso, não tenha êxito. Para isso, vamos analisar o que sucedeu numa área vital para vida e bem-estar dos portugueses, que é a prestação dos serviços públicos.


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