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domingo, 23 de agosto de 2015

Que os americanos nos protejam!

A propósito da notícia do dia que fala de um atentado terrorista que não aconteceu.

Um amigo alertou-me para o facto de diariamente os nossos telejornais terem sempre uma notícia que nos leva aos Estados Unidos da América. Tenho confirmado notando que a maior parte dos dias a notícia nem sequer tem um conteúdo político ou cultural que nos possa levar a pensar em teorias imperialistas, não passando dum registo aparentemente banal sobre acontecimentos bizarros, ou pura e simplesmente corriqueiros, que fazem parte do quotidiano da vida do mundo ocidental: uma cadela que atravessava sempre na passadeira mas que mesmo assim foi atropelada; uma mulher que deu à luz dois gémeos sendo um branco e o outro preto; um ex-astronauta que morreu num trágico acidente num bimotor; um homem que comeu 300 hamburgers num só dia. O que é importante é que não nos esqueçamos um único dia que os Estados Unidos existem e que é lá que as coisas acontecem. 

Lá ou por via dos de lá.

Não espanta portanto que sobre uma viagem de comboio, algures em França, onde comprovadamente entrou um homem armado que alegadamente era muçulmano e que supostamente queria fazer sangue, surjam como heróis salvadores dos europeus três norte-americanos e um britânico. 

Enquanto a nacionalidade desses homens surge como um dado importante da informação, não deixa de ser curioso que o jornalismo português lhe acrescente a importância dum deles ser militar na base das Lages. Preparem-se açorianos para a devida homenagem!


9 comentários:

  1. Cerne da questão é um aviso, aliás, sempre que ouço ou leio noticiários coloco ao contrário (a notícia) dando sempre certo;
    “Cuidado cidadãos os terroristas americanos também estão na Europa!”

    Parabéns pelo Blog, ajuda-nos a reflectir.

    GR

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  2. O "jovem" Luís Neves continua, de lupa em punho, a catar as notícias de roda-pé dos MEDIA. Se fossem russos (ainda haverá comunistas no Sol na Terra?), cubanos, ou norte-coreanos (não sei se deva juntar venezuelanos) a desarmar o tipo que da metralhadora no TGV para Paris, então sim, esses seriam heróis.Mas esses pobres não têm hipóteses de passar férias na Europa civilizada. Mas os militares imperialistas americanos têm. Que raiva!

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  3. E tu, infeliz anónimo, tens cá uma "graça"...que faz pena. Só estereo-estúpidas graçolas.
    Gente indigente.
    Paciência...
    Do que tenho a certeza (se é possível tê-las...) é que se tivessem sido russos, cubanos, coreanos (do norte!) ou portugueses o alarido teria sido bem menor e não seriam condecorados pelo Hollande.

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    1. Ó Sérgio, se bem percebi, não tens a certeza de que tens a certeza. Que grande confusão vai nessa mente! Ao menos tens a certeza que tens tomado a medicação? Vê lá pá, não te esqueças do que o médico disse,,,

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    2. Não percebeste... como seria de esperar!
      E como este não é lugar para explicações a quem não as quer, nem para responder a quem apenas pretende insultar e não tem a memória (ou a coragem) de dar nome por si, encerro o expediente em "coisas sem importância". Arquive-se.

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  4. Olha o comentador da burka anda por aqui outra vez, gosta disto!...
    Anónimo: Luís Neves

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    1. O camarada Luís, de tanto catar notícias de roda-pé, está a ver mal: não é burka é toga.

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  5. Mas entretanto, com tanto alarido mediático sobre os «nossos heróis americanos» (certamente que os há... pois que a nacionalidade conta muito pouco para o heroísmo...), eu gostava mesmo era de ver nos nossos meios de «informação» um alarido, de similar volume mediático, sobre a candidatura de um cidadão norte-americano que tem a ousadia de se reclamar do Socialismo (há quem fale do fim de um tabú!...) e que se quer apresentar como candidato à presidência dos EUA pelo chamado Partido Democrata e que - dizem os «media» lá dos EUA, mas não só - já tem mais apoios e hipóteses de ser nomeado do que a Hillary Clinton...
    A ver vamos claro, (como diria o cego...), mas não deixa de poder ser um sinal de que alguma coisa está a mudar à face do planeta.

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