Houve
um tempo em que a distinção entre factos e opiniões era uma prática bem
estabelecida no jornalismo, assim como a distinção entre a mentira e a verdade.
Hoje isso não é mais assim e os próprios jornalistas que trabalham nos media
corporativos são, em grande medida, responsáveis por esta degradação.
Consciente ou inconscientemente, a maior parte destes profissionais perdeu
qualquer capacidade de análise ou de juízo crítico. Aceitam como verdadeiras as
mentiras mais inverosímeis.
Basta ver, por exemplo, o semanário Expresso de 08/Abril/2017. Nunca, em
momento alguns, os vários jornalistas que ali escreveram sobre a agressão à
Síria puseram em causa a versão dos EUA de que o governo Assad teria utilizado
armas químicas contra o seu próprio povo. Os leitores desse semanário nem
sequer tiveram o direito do contraditório, princípio básico do jornalismo. A
mentira passa assim por verdade pura e cristalina.
Nenhum destes escrevinhadores que se intitulam jornalistas aprendeu com a História. O cinismo ou a ignorância imperam entre eles. As mentiras sucessivas do governo dos EUA para lançar guerras são pura e simplesmente ignoradas. A mentira do incidente do Golfo de Tonquim, tramada pelos EUA para lançar a guerra do Vietname, não existe para esta gente do Expresso, dos comentaristas da TV ou das folhas de papel corporativas. A mentira de Collin Powell na ONU e das suas "provas" de armas de destruição em massa no Iraque tão pouco. Assim como a mentira da explosão do navio que serviu para os EUA intervirem militarmente em Cuba, no princípio do século XX. Exemplos destes poderiam suceder-se numa longa série.
Nenhum destes escrevinhadores que se intitulam jornalistas aprendeu com a História. O cinismo ou a ignorância imperam entre eles. As mentiras sucessivas do governo dos EUA para lançar guerras são pura e simplesmente ignoradas. A mentira do incidente do Golfo de Tonquim, tramada pelos EUA para lançar a guerra do Vietname, não existe para esta gente do Expresso, dos comentaristas da TV ou das folhas de papel corporativas. A mentira de Collin Powell na ONU e das suas "provas" de armas de destruição em massa no Iraque tão pouco. Assim como a mentira da explosão do navio que serviu para os EUA intervirem militarmente em Cuba, no princípio do século XX. Exemplos destes poderiam suceder-se numa longa série.
Verifica-se assim que Goebbels tem émulos à altura nos mediam portugueses. Como
diz John Pilger, tais jornalistas têm uma pesadíssima responsabilidade pelas
mortes de milhões de pessoas pois preparam o clima para as guerras de agressão
do imperialismo. Eles têm as mãos manchadas de sangue. Crimes monstruosos
praticados na Jugoslávia, Iraque, Líbia, Somália, Iémen, Síria e tantos outros
lugares são também da responsabilidade dos que escrevem nos media corporativos.
Em “resistir.info”
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