Ou então e ainda «Todo o burro come palha, o que é preciso é saber dar-lha.
Tudo isto a propósito de um pequeno detalhe da recente entrevista a Jerónimo de Sousa.
Com a devida vénia transcrevo para aqui um breve trecho de José Alberto Lourenço, publicado no blogue FOICEBOOK.
«Surpreendentemente
assistimos ontem na TVI24 ao lamentável espectáculo de vermos este jornalista
(António Costa...) questionar o Secretário-Geral do PCP sobre a forma como iria o PCP implementar
uma das principais propostas do seu programa eleitoral – a renegociação da dívida
pública – já que dizia ele, 60% da nossa dívida pública são aplicações de pequenas
poupanças das famílias portuguesas.
O Secretário-Geral
do PCP surpreendido com a afirmação, repetida mais do que uma vez, respondeu, vamos
ver, vamos ver e avançou na discussão explicando que a dívida pública atingiu
um nível insuportável e que é do interesse dos próprios credores proceder a
essa renegociação para que o país possa crescer e a partir daí libertar
recursos para pagamento da dívida pública.
Ora o jornalista
António Costa com aquela sua afirmação deu mostras de uma ignorância na matéria
que não é aceitável e que é bem demonstrativa da forma ligeira e mentirosa como
ele faz comentário económico. Basta-lhe a
consulta do capítulo K do Boletim Estatístico do Banco de Portugal do presente mês
de Agosto, para verificar a dimensão do disparate que disse. A dívida pública
detida por particulares no passado mês de Junho (última informação disponível),
dívida constituída por certificados de aforro e do tesouro na posse das famílias,
empresários em nome individual e instituições sem fins lucrativos ao serviço
das famílias representava 7,1% do total da dívida da Administração Pública
consolidada, montante que está a anos luz dos 60% de que fala este jornalista. Mas os dados do
Banco de Portugal dizem-nos mais, dizem-nos por exemplo que a divida pública na
posse de nacionais representa 32,4% do total e que a dívida pública na posse do
estrangeiro representa 67,6% do total. Ou seja exactamente o contrário daquilo
que insinuou o senhor jornalista. Se fossemos
ingénuos diríamos, santa ignorância, mas como não somos dizemos, quando faltam
os argumentos avança a mentira. E como as eleições se aproximam a todo o gás cada
vez mais vamos ser confrontados com estratégias deste tipo.»
Mais um daqueles exemplos de uma forma de «fazer jornalismo» sem grandes preocupações pela verdade dos factos.
REPETIR, REPETIR ATÉ À EXAUSTÃO UMA QUALQUER MENTIRA.
E assim se acaba por DISTORCER A REALIDADE...
Mais um daqueles exemplos de uma forma de «fazer jornalismo» sem grandes preocupações pela verdade dos factos.
REPETIR, REPETIR ATÉ À EXAUSTÃO UMA QUALQUER MENTIRA.
E assim se acaba por DISTORCER A REALIDADE...
É isso mesmo. Aliás, o Jerónimo ainda disse que a dívida pública resulta, em grande parte, da "nacionalização" da dívida privada - e não se referia aos pequenos aforradores! - pelo que, acrescento eu, há a negociação da dívida e há a reestruturação da dívida (que já muito houve e em sentido perverso).
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